A imaturidade parece ser uma característica da
atual geração. Estão preparados para trabalhar de forma eficiente, mas são
absolutamente incapazes de amar. Esta desproporção tem conseqüências
devastadoras: basta reparar na facilidade com que as pessoas se casam e se
"descasam", se "juntam" e se separam.
Os imaturos querem antes receber do que dar. Quem é imaturo quer que todos sejam como uma peça integrante da máquina da sua felicidade. Ama somente para que os outros o realizem. Amar para ele é uma forma de satisfazer uma necessidade afetiva, sexual, ou uma forma de auto-afirmação.
O imaturo pretende introduzir
o outro no seu projeto pessoal de vida, em vez de tentar contribuir com o outro
num projeto construído em comum. A felicidade do cônjuge, da família e dos
filhos: esse é o projeto comum do verdadeiro amor. As pessoas imaturas não
compreendem que a dedicação aos filhos constitui um fator importante para a
estabilidade afetiva dos pais. Também não assimilaram a idéia de que, para se
realizarem a si mesmos, têm de se empenhar na realização do cônjuge. Quem não é solidário termina
solitário.
Fonte:
A maturidade, de Rafael Llano Cifuentes. Editora Quadrante.
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