Correndo para Jesus

Ao longo de sua permanencia nesta terra, Jesus encontrou inúmeras pessoas, cada uma com suas peculiaridades. Vamos fazer uma comparação entre dois homens que se aproximaram de Jesus. É impressionante como eles possuem, ao mesmo tempo, tantas semelhanças e diferenças tão grandes. Marcos, no capítulo 10 e versículos 17 a 22, nos relata o seguinte: “Quando Jesus ia saindo, um homem correu em sua direção e se pôs de joelhos diante dele e lhe perguntou: “Bom mestre, que farei para herdar a vida eterna?” Respondeu-lhe Jesus: “Por que você me chama bom? Ninguém é bom, a não ser um, que é Deus. Você conhece os mandamentos: ‘Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não enganarás ninguém, honra teu pai e tua mãe’”. E ele declarou: “Mestre, a tudo isso tenho obedecido desde a minha adolescência”. Jesus olhou para ele e o amou. “Falta-lhe uma coisa”, disse ele. “Vá, venda tudo o que você possui e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me.” Diante disso ele ficou abatido e afastou-se triste, porque tinha muitas riquezas.” Quem era esse homem? Como a Bíblia deixa claro, era um homem rico e Lucas o qualifica como importante, portanto fica claro que ele era reconhecido e aceito socialmente. Recebia afeto e carinho das pessoas. Seu rigor com a lei lhe garantia uma consciência tranquila, porém revela-se vazio, sedento de Deus e carente de aceitação e afirmação, o que o levou até Jesus. Durante sua conversa com o Mestre, algo o entristeceu. O que teria causado tamanha tristeza? O texto bíblico nos mostra claramente que ele amava as suas próprias riquezas. Isso, porém, se traduz em algo ainda mais profundo que é a dificuldade que muitas vezes temos de abrir mão de nossas vontades e preferências para dar lugar à vontade de Deus. Mais à frente Jesus encontra outro homem, não menos rico. Veja o que é relatado por Lucas, no capítulo 19, versículos 1 a 10: Jesus entrou em Jericó, e atravessava a cidade. Havia ali um homem rico chamado Zaqueu, chefe dos publicanos. Ele queria ver quem era Jesus, mas, sendo de pequena estatura, não o conseguia, por causa da multidão. Assim, correu adiante e subiu numa figueira brava para vê-lo, pois Jesus ia passar por ali. Quando Jesus chegou àquele lugar, olhou para cima e lhe disse: “Zaqueu, desça depressa. Quero ficar em sua casa hoje”. Então ele desceu rapidamente e o recebeu com alegria. Todo o povo viu isso e começou a se queixar: “Ele se hospedou na casa de um ‘pecador’ ”. Mas Zaqueu levantou-se e disse ao Senhor: “Olha, Senhor! Estou dando a metade dos meus bens aos
pobres; e se de alguém extorqui alguma coisa, devolverei quatro vezes mais”. Jesus lhe disse: “Hoje houve salvação nesta casa! Porque este homem também é filho de Abraão. Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido”. Zaqueu tinha uma verdadeira sede de Deus. Suas riquezas não eram capazes de lhe proporcionar paz, uma consciência tranquila e nem podiam comprar-lhe amigos verdadeiros. Sua profissão de cobrador de impostos para o Império Romano, rendiam-lhe, por sua vez, uma péssima fama entre os judeus que eram extorquidos diariamente. Mas, apesar de sua posição, Zaqueu não mediu esforços para ver Jesus e foi até ridículo ao subir em uma árvore. Valeu a pena! Ele ouviu a palavra do Messias, arrependeu-se e valorizou muito mais a vida com Deus do que suas riquezas. Tudo se tornou sem importancia diante do valor do tesouro que acabara de encontrar: a comunhão com o próprio Deus. Uma vida nova.
Que atitude temos diante de Jesus Cristo hoje? Nós o valorizamos mais que tudo? Priorizamos o que ele prioriza? Nossas vontades e propósitos estão alinhados aos seus planos? Que lugar ele ocupa em nossa agitação diária? A diferença entre aqueles dois homens não foi sua corrida para Jesus,visto que os dois conseguiram encontrá-lo, mas que atitude tiveram após esse encontro. Quero ser como Zaqueu e como o apóstolo Paulo, considerando “tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por quem perdi todas as coisas.” O convite é para que você faça o mesmo hoje. Esqueça a agitação das multidões e tenha um momento para encontrar-se com Jesus e, por fim, ponha rapidamente em prática o que você aprender com ele. Não o troque por nada!
Jidlafe Rodrigues

Venha para a Festa!

“Certo homem estava preparando um grande banquete e convidou muitas pessoas. Na hora de começar, enviou seu servo para dizer aos que haviam sido convidados: ‘Venham, pois tudo já está pronto’. “Mas eles começaram, um por um, a apresentar desculpas. O primeiro disse: ‘Acabei de comprar uma propriedade, e preciso ir vê-la. Por favor, desculpe-me’. “Outro disse: ‘Acabei de comprar cinco juntas de bois e estou indo experimentá-las. Por favor, desculpe-me’. “Ainda outro disse: ‘Acabo de me casar, por isso não posso ir’. “O servo voltou e relatou isso ao seu senhor. Então o dono da casa irou-se e ordenou ao seu servo: ‘Vá rapidamente para as ruas e becos da cidade e traga os pobres, os aleijados, os cegos e os mancos’. “Disse o servo: ‘O que o senhor ordenou foi feito, e ainda há lugar’. “Então o senhor disse ao servo: ‘Vá pelos caminhos e valados e obrigue-os a entrar, para que a minha casa fique cheia. Eu lhes digo: Nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete’ ”. (LUCAS 14.16-24 NVI)
Quem já deu uma festa sabe o trabalho que dá. São tantos preparativos, tantos detalhes que precisam ser observados: a lista de convidados, os convites, as comidas, música, decoração... Alguns anfitriões nem conseguem aproveitar sua própria festa, pois o cansaço, o estresse e a correria tiram todas as energias. Mas, imagine se depois de tanto trabalho, os convidados não vierem... Que tristeza! Foi isso que aconteceu nessa estória que Jesus contou. Deus preparou uma grande festa, quando enviou o seu Filho, Jesus, para que todas as pessoas que cressem nele não viessem a perecer, mas recebessem a vida eterna (João 3.16). Estava tudo preparado, pois Ele nos amou, mesmo sendo nós ainda pecadores. Fico pensando: quais são as desculpas que sempre são dadas quando não se quer participar da festa que o Pai preparou? Na verdade o que não faltam são as desculpas. Em um mundo de tanta correria como esse em que vivemos, é muito fácil encontrar uma forma sutil e educada de dizer que há algo mais prioritário no momento, que desenvolver uma comunhão mais profunda com Deus, para não ir à igreja ou mesmo para servir ao Senhor com maior intensidade. Falta de tempo, necessidade de ganhar dinheiro, o trabalho e a própria família são alguns dos exemplos de desculpas que podemos dar para não participar da grande festa de Jesus.
Uma vez que o convite foi rejeitado pelos primeiros, todos fomos convidados. Quem foram os verdadeiros participantes da festa? Pobres, deficientes e todos os que aceitaram o convite. Afinal, a festa é de graça e aberta a todos. Esses são aqueles que não tinham nada a oferecer. Reconheceram que não deveriam estar naquela festa, mas estão simplesmente porque aceitaram o convite. É isso mesmo! Deus valoriza a nossa presença em sua festa e não as “maravilhas” que fazemos, mesmo que supostamente sejam para Ele. O Pai deseja aproximar-se de pessoas que reconhecem nele a única forma de preencher suas vidas e querem apenas estar em sua casa. “Mas a todos quantos o receberam, deus-lhes o poder de se tornaram filhos de Deus.” Então, não perca tempo e venha para a festa!

Jidlafe Rodrigues